27 de out. de 2008



Sabe em meu último texto falei sobre o declínio, e nele fiz um pedido ao Pai:

“Ajuda-me a concertar meus erros e voltar para o caminho que estava.

Me leve pra perto de Ti.”

E no dia seguinte, coisas lindas começaram a se realizar em minha vida.

Estive em um congresso missionário, mas nesse o assunto foi crentes cheios do espírito.

Depois de uma noite de bronca por um pastor um tanto agressivo senti que estava brincando com o sagrado, e isso me assustou. Nesse dia meu coração parecia pedra, sai de lá apenas refletindo sobre o que já pensei várias vezes. No segundo dia trabalhei com as crianças, me senti perdida, coisas que antes fazia com facilidade tornaram difíceis por demais. Mas pela tarde, em um momento pra vocacionados, meu coração se quebrantou ao ouvir as historias de pessoas salvas por Cristo, ao ouvir histórias de transformação, ou ao ouvir historias de resgate de vidas perdidas e sem perspectiva.

Cristo soou como uma doce melodia, como um novo som.

Pela noite, ouvi coisas que me desafiaram. Situações que nos mostram a realidade egoísta da nossa carne, a realidade dura do coração humano, me senti suja.

Mas Cristo disse que irá me ajudar e vai limpar minha alma, disse que o Espírito Santo irá mortificar minha carne. Aleluia!

Além de saber disso, encontrei coragem pra colocar meus sonhos a disposição dEle.

E meu Cristo, meu Salvador, só quero viver seus planos.

Hoje sei que depois do declínio vem nova evolução!!!



Ilustração: ESTUDIO WOLFGANG - Animação e Ilustração Digital 8402 8150

(Obrigada amor!)

24 de out. de 2008

Declínio






Acordei com essa palavra na cabeça. Percebo que muitas coisas a minha volta estão em declínio, essa palavra segundo um dicionário aqui de casa apresenta dois significados, o primeiro afirma: Estado do que chega ao final de sua evolução. O segundo: Diminuição de grandeza, de brilho; declinação, decadência.

Eu imagino que deveria ter medo dessa palavra, uma palavra tão pesada, porém desafiadora.

Nunca tive medo da derrota, nem do erro, pois eles são constantes em mim, mas percebo que nos últimos meses tenho vivido com mais intensidade o erro e a derrota. Tenho perdido pontos e estou em decadência, mas o que acontece depois da decadência?

Será possível conquistar aquele sorriso amigo, aquela conversa irmã depois de muito tempo? Entrei em estado de decadência quando deixei de amar quem estava perto, me perdi em meus devaneios e desequilíbrios e assim me afastei da verdade da vida. O AMOR.

Aos amigos, quero dizer que sinto muito pela ausência de mim mesma, sinto muito por não passar mais horas ao lado daqueles me suportaram por muito tempo. Então aproveito esse momento de declínio pra dizer que sinto muito.

Aos pais, sabe pai sei que jamais lerá o que escrevo aqui hoje, mas como queria poder te dizer, desde a morte da sua amada me vejo sem ação, antes eu sabia que minha ausência não lhe causava tanta dor, pois você nunca estava sozinho, mas hoje eu me sinto sozinha por estar ausente de mim e de você. Sinto saudade de nossas conversas, de nosso s momentos de debates sobre as coisas da vida. Espero um dia reconquistar o espaço que separou pra mim em seu coração. Por estar longe eu sinto muito. Mamãe, a morte de pessoas que amamos nos mostra o quanto os vivos nos são únicos, cada momento que deixo de estar com você, cada dia que deixo de te dar um abraço é como se algo em mim ficasse perdido no tempo, em um tempo que não volta mais, minha ausência de ti como filha como amiga e companheira é a razão da minha dor. Sinto muito

Sabe, outras pessoas mereciam minhas desculpas, muitas delas é possível que eu nem saiba que magoei, mas quero que todos saibam, estou em estado de declínio.

Mas porque isso acontece?

Porque chegamos a um ponto e declinamos, por que a vida tem esses momentos?

Como diz minha professora de inglês: Sei lá eu!

Ela é filosofa, não? Brincadeiras a parte, eu realmente não sei, mas tenho tentado encontrar o brilho das coisas novamente, e entendo que para encontrá-lo primeiro preciso admitir que ele não existe mais.

Vários fatos sucessivos de sucesso me acompanharam nos últimos meses.

O primeiro talvez seja um reencontro, que trouxe de volta a esperança e o sonho.

Depois um desejo profissional alcançado, depois um desejo acadêmico. Um trabalho com resultados....

Mas tantas vitórias, tantas conquistas, tantos presente pra que? Por quê?

Mesmo sabendo que não mereço nada do que obtive e mesmo sabendo que nada do que possuo é merecimento meu, eu estou feliz por essas conquistas.

Mas algumas deixaram de brilhar, e por quê?

Onde eu estava quando o brilho se perdeu?

Onde eu estava quando a luz se apagou?

Onde eu estava quando o declínio chegou?

Estava com o sucesso que repentinamente me tomou, estava com as conquistas, estava ausente de mim, vivendo elas.

Então meus amigos, meus pais, meus parentes próximos, meu corpo, sinto muito.

Sinto muito por estar longe de vocês e ausente de mim.

Só que não posso concluir esse texto com esse ar de dor, sabe toda a dor que sinto ficou nas linhas acima.

Conquistas, obrigado por me tirarem de mim e me fazerem ver o que sou.

Presente de Deus pra mim: quero saiba que te amo cada instante um pouco mais.

Porém como podem perceber esse declínio me levou a um lugar que não quero mais estar, preciso voltar a evoluir, preciso progredir, quero encontrar a grandeza e força que havia em mim.

E pra isso, eu preciso de:

Cristo, somente Ele, só sua graça meu Senhor, meu Deus.

“Aba” venha reinar em mim novamente.

Ajuda-me a concertar meus erros e voltar para o caminho que estava. Me leve pra perto de Ti.

21 de set. de 2008

O Teatro Mágico

Devaneios
Sabe quando você conhece algo novo?
Sabe quando você encontra uma nova forma de usar a mesma coisa que usou a muito tempo de um jeito só?
Sabe quando você consegue se surpreender com algo que não é novo, mas que agora é, pois você aprendeu a subir na mesa? (É preciso usar a imaginação pra compreender esse ponto)

Tenho aprendido a ouvir música, a ler música...
Ah eu ouvi muita coisa já, vá parei pra analisar muitas poesias,
muitas métricas desajustadas, muitas letras desconexas, contraditas...
Mas nada é como estar aberto para simplesmente ouvir e gostar...

Então segue algumas dicas para aquelas pessoas que querem subir na mesa, ver o dia de uma nova perspectiva, subir e viver o dia como se fosse o último...

PRIMEIRO de tudo...
Lembre-se do seu CRIADOR, do CRISTO que morreu por você, por mim, pra garantir a nossa eternidade...

SEGUNDO....

Lembre-se que a vida é única e essa é sua única chance de fazer dela a melhor coisa que você pode!

TERCEIRO...

Ouça Teatro Mágico
http://www.oteatromagico.mus.br


Só pra você ficar um pouco curioso ou curiosa leia a letra dessa música...

O Anjo Mais Velho

"O dia mente a cor da noite
E o diamante a cor dos olhos
Os olhos mentem dia e noite a dor da gente"

Enquanto houver você do outro lado
Aqui do outro eu consigo me orientar
A cena repete a cena se inverte
enchendo a minha alma d'aquilo que outrora eu deixei de acreditar

tua palavra, tua história
tua verdade fazendo escola
e tua ausência fazendo silêncio em todo lugar

metade de mim agora é assim
de um lado a poesia, o verbo, a saudade
do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim

e o fim é belo, incerto, depende de como você vê
o novo, o credo, a fé que você deposita em você e só

Só enquanto eu respirar/Vou me lembrar de você

18 de set. de 2008


Queria deixar a tempestade passar e ser somente o vento q te faz acalmar. Me perdoe pelas intempestivas atitudes. Eu te amo

17 de set. de 2008

VIÚVA DE PAULO FREIRE ESCREVE CARTA DE REPÚDIO À REVISTA VEJA

Atualizado em 12 de setembro de 2008 às 10:46 | Publicado em 12 de setembro de 2008 às 10:38
por CONCEIÇÃO LEMES
Na edição de 20 de agosto a revista Veja publicou a reportagem O que estão ensinando a ele? De autoria de Monica Weinberg e Camila Pereira, ela foi baseada em pesquisa sobre qualidade do ensino no Brasil. Lá pelas tantas há o seguinte trecho:

"Muitos professores brasileiros se encantam com personagens que em classe mereceriam um tratamento mais crítico, como o guerrilheiro argentino Che Guevara, que na pesquisa aparece com 86% de citações positivas, 14% de neutras e zero, nenhum ponto negativo. Ou idolatram personagens arcanos sem contribuição efetiva à civilização ocidental, como o educador Paulo Freire, autor de um método de doutrinação esquerdista disfarçado de alfabetização. Entre os professores ouvidos na pesquisa, Freire goleia o físico teórico alemão Albert Einstein, talvez o maior gênio da história da humanidade. Paulo Freire 29 x 6 Einstein. Só isso já seria evidência suficiente de que se está diante de uma distorção gigantesca das prioridades educacionais dos senhores docentes, de uma deformação no espaço-tempo tão poderosa, que talvez ajude a explicar o fato de eles viverem no passado".

Curiosamente, entre os especialistas consultados está o filósofo Roberto Romano, professor da Unicamp. Ele é o autor de um artigo publicado na Folha, em 1990, cujo título é Ceausescu no Ibirapuera. Sem citar o Paulo Freire, ele fala do Paulo Freire. É uma tática de agredir sem assumir. Na época Paulo, era secretário de Educação da prefeita Luiza Erundina.

Diante disso a viúva de Paulo Freire, Nita, escreveu a seguinte carta de repúdio:

"Como educadora, historiadora, ex-professora da PUC e da Cátedra Paulo Freire e viúva do maior educador brasileiro PAULO FREIRE -- e um dos maiores de toda a história da humanidade --, quero registrar minha mais profunda indignação e repúdio ao tipo de jornalismo, que, a cada semana a revista VEJA oferece às pessoas ingênuas ou mal intencionadas de nosso país. Não a leio por princípio, mas ouço comentários sobre sua postura danosa através do jornalismo crítico. Não proclama sua opção em favor dos poderosos e endinheirados da direita, mas , camufladamente, age em nome do reacionarismo desta.

Esta vem sendo a constante desta revista desde longa data: enodoar pessoas as quais todos nós brasileiros deveríamos nos orgulhar. Paulo, que dedicou seus 75 anos de vida lutando por um Brasil melhor, mais bonito e mais justo, não é o único alvo deles. Nem esta é a primeira vez que o atacam. Quando da morte de meu marido, em 1997, o obituário da revista em questão não lamentou a sua morte, como fizeram todos os outros órgãos da imprensa escrita, falada e televisiva do mundo, apenas reproduziu parte de críticas anteriores a ele feitas.

A matéria publicada no n. 2074, de 20/08/08, conta, lamentavelmente com o apoio do filósofo Roberto Romano que escreve sobre ética, certamente em favor da ética do mercado, contra a ética da vida criada por Paulo. Esta não é, aliás, sua primeira investida sobre alguém que é conhecido no mundo por sua conduta ética verdadeiramente humanista.

Inadmissivelmente, a matéria é elaborada por duas mulheres, que, certamente para se sentirem e serem parceiras do “filósofo” e aceitas pelos neoliberais desvirtuam o papel do feminino na sociedade brasileira atual. Com linguagem grosseira, rasteira e irresponsável, elas se filiam à mesma linha de opção política do primeiro, falam em favor da ética do mercado, que tem como premissa miserabilizar os mais pobres e os mais fracos do mundo, embora para desgosto deles, estamos conseguindo, no Brasil, superar esse sonho macabro reacionário.

Superação realizada não só pela política federal de extinção da pobreza, mas , sobretudo pelo trabalho de meu marido – na qual esta política de distribuição da renda se baseou - que demonstrou ao mundo que todos e todas somos sujeitos da história e não apenas objeto dela. Nas 12 páginas, nas quais proliferam um civismo às avessas e a má apreensão da realidade, os participantes e as autoras da matéria dão continuidade às práticas autoritárias, fascistas, retrógradas da cata às bruxas dos anos 50 e da ótica de subversão encontrada em todo ato humanista no nefasto período da Ditadura Militar.

Para satisfazer parte da elite inescrupulosa e de uma classe média brasileira medíocre que tem a Veja como seu “Norte” e “Bíblia”, esta matéria revela quase tão somente temerem as idéias de um homem humilde, que conheceu a fome dos nordestinos, e que na sua altivez e dignidade restaurou a esperança no Brasil. Apavorada com o que Paulo plantou, com sacrifício e inteligência, a Veja quer torná-lo insignificante e os e as que a fazem vendendo a sua força de trabalho, pensam que podem a qualquer custo, eliminar do espaço escolar o que há de mais importante na educação das crianças, jovens e adultos: o pensar e a formação da cidadania de todas as pessoas de nosso país, independentemente de sua classe social, etnia, gênero, idade ou religião.

Querendo diminuí-lo e ofendê-lo, contraditoriamente a revista Veja nos dá o direito de concluir que os pais, alunos e educadores escutaram a voz de Paulo, a validando e praticando. Portanto, a sociedade brasileira está no caminho certo para a construção da autêntica democracia. Querendo diminuí-lo e ofendê-lo, contraditoriamente a revista Veja nos dá o direito de proclamar que Paulo Freire Vive!

São Paulo, 11 de setembro de 2008
Ana Maria Araújo Freire".

8 de set. de 2008

Conceito de Ciências

Ao iniciar um estudo primeiro pensamos o que já sabemos sobre o assunto, e foi dessa forma que aconteceu comigo. Ao ler a proposta da atividade da nova disciplina e me questionar sobre a pergunta pensei como uma pessoa leiga definiria ciências?

Acredito que poderia dizer que é uma disciplina que estuda plantas e animais na escola, estaria errado?Outra poderia dizer que é o que o cientista faz. Outra poderia simplesmente dizer que não sabe. Algumas pessoas já com um conhecimento mais elaborado dariam outros conceitos cheios de respaldo teórico e afirmariam saber o que é. E assim nesse misto de incertezas a cerca do assunto iniciei minha pesquisa: como definir ciências?

Primeiro procurei a definição no dicionário Larousse da editora Ática que define ciências como:

1.Conjunto organizado de conhecimentos relativos a determinada área do saber, caracterizado por metodologias especificas. 2. Saber, conhecimento. 3. Conhecimento que se obtêm através de leituras, de estudos; instrução, erudição. 4. Conhecimento prático usado para uma dada finalidade. // Ciências ocultas, ocultismo. // Ciências naturais, ciências que estudam os animais, os vegetais e os minerais, como a zoologia, a botânica e a mineralogia. // Ciências sociais, disciplinas que estudam a sociedade humana, sua cultura e evolução. (Larousse, 2001, p. 193)

Veja o que as pessoas diriam está contemplado na definição que acabamos de ler, mas esse conceito não satisfaz minha curiosidade, mesmo lendo aqui e no slide sugerido pela professora da disciplina ainda me pergunto, como posso definir algo que nem sei como começou? Resolvi então descobrir a História da Ciência.

Nas civilizações antigas a primeira a romper com o mito e desenvolver um conhecimento racional foram os Gregos no século VI a.C. de onde surgem os primeiros filósofos que na posteridade foram chamados de pré-socráticos, a principal preocupação aqui era estudar a natureza, queriam explicar todas as coisas. Alguns estudavam a astronomia e geometria, votando-se para questões teóricas. A atividade intelectual era valorizada.

Já na Idade Média percebesse grandes diferenças, mas é possível perceber uma continuidade do pensamento grego, que agora estão vinculadas ao interesse religioso. Nesse período a razão humana deveria se submeter ao testemunho da fé, o que acabou por restringir o pensamento humano, pois ao controlar o pensamento o que era pensado e produzido acabava virando fogo e se perdendo no tempo.

E o método científico surge então na Idade Moderna no século XVII, os acontecimentos que ocorreram nessa época como: emergência da nova classe burguesa, desenvolvimento da economia capitalista, Revolução Comercial, Renascimento das Artes, das letras e da filosofia, indicou o surgimento de um novo homem, que confia que na razão e no poder para transformar o mundo. Nesse contexto o racionalismo impera e o que vale é o pensamento desligado da religião baseado em investigação mediante demonstração. Não vale apenas a contemplação como os Gregos faziam.

Com esse breve resgate histórico pode-se perceber que não há como restringir o estudo, o pensar do homem, o quanto se perdeu de filosofia na Idade Média? Sim, muito, mas voltemos a definição de Ciências, agora com letra maiúscula, já estou compreendo melhor a grandeza dessa palavra.

Para continuar acrescento aqui um trecho do texto que está no slide indicado como leitura pela professora Leila, segundo ela Ciências é:

Estudo da natureza direcionado à descoberta da verdade. De acordo com o método científico, um processo de avaliar o conhecimento empírico. Ciência é hoje, uma atividade grupal dotada de objetivos bem definidos e condizentes com a adequação do homem a sua condição de ser social.

Sendo assim, poderia definir Ciência pela busca da verdade sobre fatos, sobre situações que se repetem. A Ciência busca alegar algo que antes era só um pensamento, ela pretende afirmar naquele momento sua verdade com base em fatos. Transformar mistérios em realidade.

REFERÊNCIAS

ARANHA, M.L.A.; MARTINS, M.H.P. Temas de Filosofia. São Paulo: Moderna, 1992. p.89-100.

Larousse Ática. Dicionário da língua portuguesa. São Paulo: Atica, 2001, 1047 p.

6 de set. de 2008

Soneto de Fidelidade



De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


Vinicius de Moraes

5 de set. de 2008

"Janela da Alma"

Tantas impressões tive desse documentário, que mais é uma poesia, se quiseres uma crítica ao filme procure no google. Aqui só quero registrar o que percebi com o que vi...



Não ver é ficar sem espaço para sonhar.
Não ver desconcerta.
Não ver mata.
Não ver é mais que cegueira.
Não ver é estar morto para o mundo

(Ei ver é diferente, aqui pelo menos, de enxergar, pois tem gente que enxerga mais não vê)


Segundo Manoel de Barros, as coisas que vemos aparecem de dentro das pessoas, o olho apenas enxerga, e é dentro da pessoa que a imaginação vê o mundo. Mas há uma cegueira generalizada, as pessoas estão vendo com os olhos dos outros, então elas estão vendo o mundo do outro!!!! Temos que ver com os olhos da mente, não podemos ver pelo outro.

Sendo assim, penso em meu fazer como professora, como é deixar o aluno ver o mundo com sua mente, como é deixar de lado minhas impressões do mundo?
Acho que isso é impossível, afinal, sou formadora, educadora, tenho minha idéia de mundo.
Mas o que esse filme me fez pensar, foi que meu aluno precisa que eu o veja com meus próprios olhos, sem meus preconceitos. Preciso vê-lo como gente, como ser que também vê, (com a mente).

26 de ago. de 2008

Como me vejo...


“...não há ninguém que veja a verdade sem ser com os olhos, e os olhos são sempre os olhos de alguém.”

Gianni Vattimo

Fico me perguntando, como me vejo?

Será que já parei pra pensar em mim?

Será que já parei pra pensar em como me vejo?

Ah, devo ter feito isso algumas vezes...

Me vejo em situação,

em momentos de decisão,

me vejo quando preciso fazer algo que não consigo,

me vejo quando percebo minha capacidade, minhas vitórias.

Me vejo uma menina que busca o equilíbrio, não um equilíbrio constante, mas busco equilibrar-me pois sei que ele é passageiro, e que em outro momento irei me desequilibrar.

Me vejo muitas vezes ansiosa, querendo ser melhor do que sou hoje, querendo ser mais perfeita, ai me pego revendo meus pecados, meus erros, meus desesperos, minhas inseguranças, minha dúvidas........

E a única certeza que tenho é que sou menina, sou criatura, sou filha dEle, e Ele é perfeito.

Me vejo através dos meus valores, me vejo no reflexo dos olhos dos que me amam.

Me vejo sempre diferente do que quero ser, me vejo sendo algo que quero mudar, me vejo informe.

Mas as pessoas me vêem melhor do que eu me vejo.

Minha mãe vê a filha amada, estudiosa, guerreira, batalhadora, linda...

Meu namorado vê a mulher que ele quer casar.

Meus tios vêem a sobrinha que construiu uma história diferente da deles.

Meus amigos vêem a menina que diz a verdade.

Meus conhecidos vêem a menina simpática (às vezes).

Meus professores a menina que superou as dificuldades.

Meus alunos a professora que brinca mais exige.

Enfim, sou um misto de sonho e de realidade, sou um misto de razão e emoção.

Sou como o vento.


Às vezes calmo,

Às vezes agitado,

Às vezes quente,

Às vezes ausente.

Sou o vento que sopra

Sou a vida que acompanha esse movimento.

Sou menina, sou mulher.

Sou professora, às vezes educadora, às vezes pedagoga.

Sou bastarda.

Sou filha, da mãe.

Às vezes sou filha do pai...mas não aprendi a ser irmã.

Sou a sobrinha, sou a prima, sou a tia...

Sou namorada, amiga...

Sou cristã...

Sou amiga, chata, sincera, amável, quase sempre presente.

Sou verdadeira, sempre dizendo o que sinto e penso.

Sou a professora, alegre exigente, criativa.

Sou pedagoga aplicada sempre querendo aprender mais.

Sou educadora amável e ouvinte.

Sou filha que ama.

Sou professora que caminha.

Sou namorada que ouve.

Sou um desequilíbrio que busca equilibrar-se nas ventanias que vivo.

Grande parte de mim é resultado das funções que tenho, mas na minha essência ...

Sou batalha, gosto de viver e luto pra fazer da vida razão de alegrias...

Brevemente serei mais coisas, e nessa brevidade busco beleza bondade benevolência benignidade...

21 de ago. de 2008

Eu te amo -Tom Jobim - Chico Buarque/1980

Ah, se já perdemos a noção da hora

Se juntos já jogamos tudo fora

Me conta agora como hei de partir

Se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios

Rompi com o mundo, queimei meus navios

Me diz pra onde é que inda posso ir

Se nós, nas travessuras das noites eternas

Já confundimos tanto as nossas pernas

Diz com que pernas eu devo seguir

....

Essa música tem em si algo que me encanta, ela me leva a perceber que quando amamos não podemos viver sem O amor e eu não posso viver sem o meu amor, por isso rompi com o mundo, com toda A dor que ME prende a ele, e agora vivo o que tenho que viver, a liberdade aprisionante do que é amar, e o amor, é minha vida mais plena, amo e simplesmente amo.

19 de jun. de 2008

Tempo de ver...

Sem tempo para ver a vida florescer
Sem tempo para ver o sol se por
Sem tempo para ver a lua no dia
Sem tempo para ver o movimento dos carros
Sem tempo para ver o sorriso doce da criança
Sem tempo para ver que o sorriso mudou
Sem tempo para ver que surgiram novas expressões
Sem tempo para ver que o tempo passar
Sem tempo para ver e viver o tempo passar
Sem tempo para ver que nesse tempo ainda a tempo de ver.

Priscila Muniz Medeiros

11 de jun. de 2008

Leia isso e pense!

" A felicidade virá para mim inesperadamente, como subproduto, como surpresa adicional, depois de eu ter investido a vida em alguma coisa de valor. E, provavelmente, esse investimento terá incluído a dor. Sem ela, é difícil imaginar o prazer"

Philip Yancey

Rompi com o mundo I.

Tem momentos em que o que eu realmente queria, era não ser mais eu, era poder escolher outro caminho e não sofrer com a escolha, mas em mim o sentimento, a voz que não cala é um questionamento: Por que esse caminho? Você sabe que esse caminho é perigoso, por que escolher logo este? Vá por outra direção, esse é o seu momento, porém seja prudente...
Minha vontade é gritar: dane-se a prudência, vivamos o hoje o agora, o momento oportuno, vivamos as oportunidades dessa vida, pois é só nela que poderemos errar, mas onde fica minha consciência?
Eu tenho um texto aqui em casa (da época em que mais busquei a face de Deus) que fala sobre a consciência, tenho até medo de ler, pois sei que quando começar vou pensar um bocado, pois minha consciência me acusa e isso não há como negar.
Tenho vontade de gritar. De correr. Mas principalmente de amar e não encontro nenhuma justificativa coerente pra não amar, não viver o amor, alguém, por favor, pode ser claro??????
O amor é escolha? O amor é uma escolha!!!!
Tantas questões e a única coisa certa é que quero amar. Viver o amor, viver as belezas do amor, a entrega do amor, a saudade do amor, a consciência do amor.
Mas se perguntarem até onde vou? Até onde minha consciência permite ir?
Ah eu realmente não sei, simplesmente vou!