8 de set. de 2008

Conceito de Ciências

Ao iniciar um estudo primeiro pensamos o que já sabemos sobre o assunto, e foi dessa forma que aconteceu comigo. Ao ler a proposta da atividade da nova disciplina e me questionar sobre a pergunta pensei como uma pessoa leiga definiria ciências?

Acredito que poderia dizer que é uma disciplina que estuda plantas e animais na escola, estaria errado?Outra poderia dizer que é o que o cientista faz. Outra poderia simplesmente dizer que não sabe. Algumas pessoas já com um conhecimento mais elaborado dariam outros conceitos cheios de respaldo teórico e afirmariam saber o que é. E assim nesse misto de incertezas a cerca do assunto iniciei minha pesquisa: como definir ciências?

Primeiro procurei a definição no dicionário Larousse da editora Ática que define ciências como:

1.Conjunto organizado de conhecimentos relativos a determinada área do saber, caracterizado por metodologias especificas. 2. Saber, conhecimento. 3. Conhecimento que se obtêm através de leituras, de estudos; instrução, erudição. 4. Conhecimento prático usado para uma dada finalidade. // Ciências ocultas, ocultismo. // Ciências naturais, ciências que estudam os animais, os vegetais e os minerais, como a zoologia, a botânica e a mineralogia. // Ciências sociais, disciplinas que estudam a sociedade humana, sua cultura e evolução. (Larousse, 2001, p. 193)

Veja o que as pessoas diriam está contemplado na definição que acabamos de ler, mas esse conceito não satisfaz minha curiosidade, mesmo lendo aqui e no slide sugerido pela professora da disciplina ainda me pergunto, como posso definir algo que nem sei como começou? Resolvi então descobrir a História da Ciência.

Nas civilizações antigas a primeira a romper com o mito e desenvolver um conhecimento racional foram os Gregos no século VI a.C. de onde surgem os primeiros filósofos que na posteridade foram chamados de pré-socráticos, a principal preocupação aqui era estudar a natureza, queriam explicar todas as coisas. Alguns estudavam a astronomia e geometria, votando-se para questões teóricas. A atividade intelectual era valorizada.

Já na Idade Média percebesse grandes diferenças, mas é possível perceber uma continuidade do pensamento grego, que agora estão vinculadas ao interesse religioso. Nesse período a razão humana deveria se submeter ao testemunho da fé, o que acabou por restringir o pensamento humano, pois ao controlar o pensamento o que era pensado e produzido acabava virando fogo e se perdendo no tempo.

E o método científico surge então na Idade Moderna no século XVII, os acontecimentos que ocorreram nessa época como: emergência da nova classe burguesa, desenvolvimento da economia capitalista, Revolução Comercial, Renascimento das Artes, das letras e da filosofia, indicou o surgimento de um novo homem, que confia que na razão e no poder para transformar o mundo. Nesse contexto o racionalismo impera e o que vale é o pensamento desligado da religião baseado em investigação mediante demonstração. Não vale apenas a contemplação como os Gregos faziam.

Com esse breve resgate histórico pode-se perceber que não há como restringir o estudo, o pensar do homem, o quanto se perdeu de filosofia na Idade Média? Sim, muito, mas voltemos a definição de Ciências, agora com letra maiúscula, já estou compreendo melhor a grandeza dessa palavra.

Para continuar acrescento aqui um trecho do texto que está no slide indicado como leitura pela professora Leila, segundo ela Ciências é:

Estudo da natureza direcionado à descoberta da verdade. De acordo com o método científico, um processo de avaliar o conhecimento empírico. Ciência é hoje, uma atividade grupal dotada de objetivos bem definidos e condizentes com a adequação do homem a sua condição de ser social.

Sendo assim, poderia definir Ciência pela busca da verdade sobre fatos, sobre situações que se repetem. A Ciência busca alegar algo que antes era só um pensamento, ela pretende afirmar naquele momento sua verdade com base em fatos. Transformar mistérios em realidade.

REFERÊNCIAS

ARANHA, M.L.A.; MARTINS, M.H.P. Temas de Filosofia. São Paulo: Moderna, 1992. p.89-100.

Larousse Ática. Dicionário da língua portuguesa. São Paulo: Atica, 2001, 1047 p.

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