24 de out. de 2008

Declínio






Acordei com essa palavra na cabeça. Percebo que muitas coisas a minha volta estão em declínio, essa palavra segundo um dicionário aqui de casa apresenta dois significados, o primeiro afirma: Estado do que chega ao final de sua evolução. O segundo: Diminuição de grandeza, de brilho; declinação, decadência.

Eu imagino que deveria ter medo dessa palavra, uma palavra tão pesada, porém desafiadora.

Nunca tive medo da derrota, nem do erro, pois eles são constantes em mim, mas percebo que nos últimos meses tenho vivido com mais intensidade o erro e a derrota. Tenho perdido pontos e estou em decadência, mas o que acontece depois da decadência?

Será possível conquistar aquele sorriso amigo, aquela conversa irmã depois de muito tempo? Entrei em estado de decadência quando deixei de amar quem estava perto, me perdi em meus devaneios e desequilíbrios e assim me afastei da verdade da vida. O AMOR.

Aos amigos, quero dizer que sinto muito pela ausência de mim mesma, sinto muito por não passar mais horas ao lado daqueles me suportaram por muito tempo. Então aproveito esse momento de declínio pra dizer que sinto muito.

Aos pais, sabe pai sei que jamais lerá o que escrevo aqui hoje, mas como queria poder te dizer, desde a morte da sua amada me vejo sem ação, antes eu sabia que minha ausência não lhe causava tanta dor, pois você nunca estava sozinho, mas hoje eu me sinto sozinha por estar ausente de mim e de você. Sinto saudade de nossas conversas, de nosso s momentos de debates sobre as coisas da vida. Espero um dia reconquistar o espaço que separou pra mim em seu coração. Por estar longe eu sinto muito. Mamãe, a morte de pessoas que amamos nos mostra o quanto os vivos nos são únicos, cada momento que deixo de estar com você, cada dia que deixo de te dar um abraço é como se algo em mim ficasse perdido no tempo, em um tempo que não volta mais, minha ausência de ti como filha como amiga e companheira é a razão da minha dor. Sinto muito

Sabe, outras pessoas mereciam minhas desculpas, muitas delas é possível que eu nem saiba que magoei, mas quero que todos saibam, estou em estado de declínio.

Mas porque isso acontece?

Porque chegamos a um ponto e declinamos, por que a vida tem esses momentos?

Como diz minha professora de inglês: Sei lá eu!

Ela é filosofa, não? Brincadeiras a parte, eu realmente não sei, mas tenho tentado encontrar o brilho das coisas novamente, e entendo que para encontrá-lo primeiro preciso admitir que ele não existe mais.

Vários fatos sucessivos de sucesso me acompanharam nos últimos meses.

O primeiro talvez seja um reencontro, que trouxe de volta a esperança e o sonho.

Depois um desejo profissional alcançado, depois um desejo acadêmico. Um trabalho com resultados....

Mas tantas vitórias, tantas conquistas, tantos presente pra que? Por quê?

Mesmo sabendo que não mereço nada do que obtive e mesmo sabendo que nada do que possuo é merecimento meu, eu estou feliz por essas conquistas.

Mas algumas deixaram de brilhar, e por quê?

Onde eu estava quando o brilho se perdeu?

Onde eu estava quando a luz se apagou?

Onde eu estava quando o declínio chegou?

Estava com o sucesso que repentinamente me tomou, estava com as conquistas, estava ausente de mim, vivendo elas.

Então meus amigos, meus pais, meus parentes próximos, meu corpo, sinto muito.

Sinto muito por estar longe de vocês e ausente de mim.

Só que não posso concluir esse texto com esse ar de dor, sabe toda a dor que sinto ficou nas linhas acima.

Conquistas, obrigado por me tirarem de mim e me fazerem ver o que sou.

Presente de Deus pra mim: quero saiba que te amo cada instante um pouco mais.

Porém como podem perceber esse declínio me levou a um lugar que não quero mais estar, preciso voltar a evoluir, preciso progredir, quero encontrar a grandeza e força que havia em mim.

E pra isso, eu preciso de:

Cristo, somente Ele, só sua graça meu Senhor, meu Deus.

“Aba” venha reinar em mim novamente.

Ajuda-me a concertar meus erros e voltar para o caminho que estava. Me leve pra perto de Ti.

2 comentários:

Abdul disse...

Oi tudo bem?
nem sei como vim parar aqui no seu blog...
mas gostei muito viu!

parabens!!

Abraços

Ali Abdul Malik

Priscila disse...
Este comentário foi removido pelo autor.